Residente Lislie Gomes realizou estágio em Saúde Mental
05:35:00A residente Lislie Gomes Macedo realizou o estágio optativo em Saúde Mental sob a coordenação da equipe da UERJ. Confira abaixo o relato da experiência.
Introdução
Realizei
meu estágio optativo junto a Equipe da Professora / Psiquiatra Sandra Fortes
que pertence a saúde mental da UERJ.
Foram diversas atividades divididas ao longo do mês de junho/2015. As
atividades desenvolvidas visavam o matriciamento de psiquiatria, que segundo
Figueiredo e Campos (2009) é “um suporte técnico especializado que é ofertado a
uma equipe interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e
qualificar suas ações”.
Atividades
Desenvolvidas
As
atividades foram divididas ao longo da semana com os seguintes temas:
matriciamento de psiquiatria, reunião de discussão dos casos do AMI, grupo de
retirada de Benzodiazepínico e ambulatório de saúde mental. Descrevo abaixo as
ações realizadas :
Matriciamento de Psiquiatria nas
Clinicas de Medicina de Família
As
atividades do matriciamento eram realizadas nas clinicas da família com as
equipes. O medico da equipe, que em algumas unidades eram residentes da UERJ,
marcavam pacientes naquele horário pré-acordado para serem atendidos em
conjunto com o psiquiatra do matriciamento. Nesse momento, era feita uma
avaliação por ambos os profissionais estabelecendo a melhor hipótese diagnostica
e conduta para o caso. Essa atividade
foi realizada em algumas unidades na Tijuca-RJ, como o CMS Maria Augusta Estrella,
CF Recanto do Trovador, CMS Hélio Pellegrino em acompanhamento do psiquiatra
Helio. Nas unidades Heitor Beltrão e Carlos Figueiredo Filho com a psiquiatra
Manoela. E no Alto da Boa vista, na unidade com a psiquiatra Sandra Fortes.
Ambulatório de Medicina Integrada (AMI)
Essa
atividade ocorria em dois ambientes diferentes, nas segundas-feiras na
Policlínica Piquet Carneiro e nas quartas-feiras no Hospital Pedro Ernesto. O ambulatório
de medicina integrada é uma tentativa de fazer medicina de família dentro do
espaço hospitalar, tendo o funcionamento algo semelhante aos das clinicas da
família. É um espaço onde internos da UERJ ficam sob supervisão de professores,
em grande parte médicos de família, e atendem os pacientes de uma forma mais
integrada, vendo-o como um todo, não só focando na parte física e da doença,
mas também na saúde mental e no contexto social e familiar. Nesse espaço a
psicóloga Kali ficava a disposição dos alunos para que a chamassem para discutir
casos clínicos e atender pacientes em que eles acreditavam necessitar de algum
suporte da saúde mental.
Reunião
de discussão do AMI
Nessa
atividade, discutíamos os casos clínicos vistos no ambulatório de medicina
integrada com uma psicóloga e um psiquiatra que ajudavam a tirar dúvidas,
traçar condutas para os pacientes que haviam tido atendimento no ambulatório.
Grupo
de Retirada de Benzodiazepínicos
O
grupo era feito por uma psicóloga que reunia os pacientes que são usuários de
benzodiazepínicos afim de trazê-los para uma roda de conversa e tornar esse
espaço um momento terapêutico. Esse espaço era usado para conversas, debates e
trocas de experiências e isso consequentemente facilitava a diminuição da
medicação benzodiazepínica. Também fazia parte do grupo um psiquiatra que manejava
a medicação e conduta dos casos. Alguns paciente que precisavam de atendimento
mais individualizados, tinham sua consulta feita após o grupo com o psiquiatra.
Ambulatório
de Saúde Mental
Nesse
espaço pude acompanhar o ambulatório de transtornos alimentares, onde assistia
a psiquiatra fazer atendimentos individuais. Esses pacientes também tinham
acompanhamento com a nutricionista e psicóloga. Também pude acompanhar o
ambulatório de fibromialgia, onde a psiquiatra fazia atendimentos individuais a
aqueles pacientes que necessitavam do mesmo, pois existia um grupo para esses
pacientes frequentarem.
Conclusão
O
estagio eletivo realizado em saúde mental na UERJ é bastante abrangente, pois
possibilita ver diversos tipos de atuação da psiquiatria. Pude acompanhar e entender o que é e como funciona
o matriciamento. Além disso, achei interessante a possibilidade de ter mais
contato com pacientes que sofrem de patologias psiquiátricas e poder ver o
manejo do psiquiatra nesses casos, ensinando dicas de diagnostico e tratamento.
O estágio optativo foi enriquecedor para minha formação como residente, já que
na atenção primária patologias de saúde mental são bastante frequentes e cada
vez mais precisamos saber lidar e manejar esse tipo de pacientes.
Residente:
Lislie
Schoenstatt Abram Oliveira Gomes Macedo
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